Webinar da SBP coloca a avaliação do crescimento infantil em evidência

O que fazer se a criança não desenvolve a estatura conforme o esperado? Para que servem as curvas padronizadas de crescimento? Qual é o melhor gráfico de referência? Dúvidas sobre o ritmo de crescimento são comuns entre familiares envolvendo a saúde das crianças, mas o assunto também é tema de interesse dos pediatras. Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) realizou debate online com a presença do membro do Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, dr. Carlos Alberto Longui. Sob a mediação do presidente do Departamento Científico de Endocrinologia da SBP, Cresio de Aragão Dantas Alves, o encontro foi realizado no dia 17 de agosto, e está disponível para os associados da instituição na área restrita. O encontro contou com o patrocínio da Sandoz. 

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“É muito importante a aferição correta da estatura e a escolha do gráfico de referência para plotar a idade cronológica da criança e comparar com o dado populacional. Dessa forma, o primeiro ponto crítico é a análise, a obtenção e a avaliação da estatura. O segundo, é reconhecer o alvo genético (TH), porque a altura final dos filhos está relacionada à altura dos pais. Além disso, quando a criança possuir estatura tanto para mais quanto para menos do alvo genético da família, isso deve ser considerado um sinal de alerta”, apontou o dr. Carlos Longui. 

O especialista citou a importância das proporções como aspecto relevante para o raciocínio de diversas condições pediátricas. “A relação do segmento superior com o segmento inferior ou a medida da estatura da criança sentada com a estatura total são duas formas de medição que definem as proporções corporais”, disse. Ele avalia que existem proporções corporais normais para diferentes faixas etárias e, quando há redução de membro inferior ou redução de coluna, é possível enxergar um desvio de proporções, o que permite dimensionar a causa subjacente da doença. 

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO – A importância do gráfico de velocidade do crescimento também foi assunto apresentado pelo dr. Carlos Longui. Ele explicou que, a partir de intervalos de quatro a seis meses, é possível perceber o desvio do ritmo de crescimento. Também explicou a classificação de baixa estatura, comentando sobre casos mais frequentes, como a baixa estatura familiar (BEF); retardo constitucional do crescimento e puberdade (RCCP); RCC sem atraso puberal (RCC sem P); baixa estatura idiopática (BEI); e pequeno para idade gestacional (PIG). 

Ao final, os especialistas responderam dúvidas dos espectadores. Foram elucidadas questões como: “Qual gráfico de crescimento é recomendado para a população brasileira?”; “Qual a curva de preferência, a dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) ou Organização Mundial de Saúde (OMS)?”; “O que fazer no caso de atraso constitucional do crescimento sem retardo puberal para atingir a estatura alvo?”; “Como manejar pacientes em uso de corticoterapia crônica?”, e muitas outras.