A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em nome dos 35 mil especialistas que atuam nessa área, manifesta sua preocupação com os rumos atuais da assistência pediátrica no País, o que têm comprometido o equilíbrio do exercício profissional e do atendimento à saúde de milhões de crianças e adolescentes, bem como de seus familiares.
Após o 38º Congresso Brasileiro de Pediatria, realizado de 10 a 14 de outubro, no Ceará, com a presença de 6.450 pediatras, onde diferentes cenários foram discutidos e analisados em profundidade por meio de debates, assim como durante o I Fórum de Defesa Profissional, a SBP vem a público apresentar a Carta de Fortaleza, documento que sintetiza as dificuldades constatadas e apresenta as respectivas propostas de solução.
Sendo assim, os pediatras alertam os gestores públicos e privados, e a população de uma forma em geral, para os seguintes pontos, distribuídos em três dimensões, que precisam ser solucionados de forma urgente e prioritária para evitar a penalização de profissionais e de pacientes:
Esses pontos acima expostos, como já ressaltado, são prioritários e urgentes e exigem uma ação integrada de gestores (públicos e privados), de famílias e de todos os segmentos envolvimentos no processo da assistência pediátrica. Contudo, sabe-se que eles não esgotam os desafios que também merecem atenção, os quais devem ser discutidos oportunamente, num esforço integrado de qualificação do atendimento.
Como peças-chave desse processo, com a Carta de Fortaleza, os pediatras brasileiros ressaltam seu protagonismo no debate público sobre a saúde de crianças e adolescentes e apontam a urgência das ações que, se não forem devidamente, contempladas penalizarão o futuro da Nação.
Brasil, outubro de 2017.