Consenso de cuidado com a pele do Recém nascido
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Visão geral da pele do recém-nascido e
cuidados com esta pele
Vânia Oliveira Carvalho
Avaliação da pele do recém-nascido
Avaliar a pele do recém-nascidos (RN) nem sempre é tarefa fácil, pois algumas caracterís-
ticas fisiológicas podem dificultar o exame, como exemplo: a pele avermelhada em decor-
rência do hematócrito elevado limita a visualização de lesões com tonalidade avermelhada,
como lesões vasculares, assim como impossibilita definir seus limites. A presença de icte-
rícia pode dificultar a avaliação da coloração de diversas lesões tanto na pele quanto nas
mucosas
(1)
.
Para o correto diagnóstico de alterações cutâneas é fundamental uma adequada história
clínica com conhecimento das condições de gestação, histórico de doenças maternas e
características evolutivas das lesões presentes no RN.
É necessário examinar o RN em boas condições de iluminação. Recomenda-se avaliar toda
a pele, assim como fâneros e mucosas, procurando descrever a presença de lesões ele-
mentares, sua distribuição e topografia. A pele é examinada por meio da inspeção, palpação
e ausculta (nas tumorações com frêmito). A avaliação da pele do RN é recomendada de
rotina no intuito de detectar precocemente alterações cutâneas
(1)
. O uso de calor radiante
é recomendado, sobretudo em clima frio para evitar hipotermia.
Lesões de pele encontradas no exame físico do RN podem ser congênitas ou adquiridas no
período perinatal. Podem ainda representar condições transitórias (refletem a fisiologia da
maturação da pele) ou permanentes.
Embora a maioria das dermatoses neonatais compreenda erupções transitórias ou lesões
de pele benignas (como o eritema tóxico), podem também ser o sintoma de uma grave
infecção (por exemplo, herpes simples neonatal) ou genéticas (epidermólise bolhosa). É
importante avaliar toda a pele para diagnosticar corretamente essas alterações cutâneas a
fim de evitar exames desnecessários e ansiedade para os familiares
(1)
.
Há diversos estudos sobre a prevalência das doenças de pele no período neonatal, com
achados que variam de 40
(2)
a 99%
(3, 4)
. A frequência destas lesões altera-se com conforme
a metodologia do estudo, características climáticas e geográficas. Um estudo que avaliou