Consenso de cuidado com a pele do Recém nascido
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a pele de 1000 RN mostrou sua presença 99%. As alterações mais prevalentes foram hiper-
plasia sebácea (75%), mancha salmão (64,2%), hipertricose (59%), calo de sucção (54%), e
cistos palatinos (53,7%) (4). Apresentamos a seguir algumas das alterações cutâneas neona-
tais frequentemente observadas (4).
Lesões cutâneas iatrogênicas
A evolução dos cuidados intensivos neonatais tem aumentado a sobrevivência do RN, no
entanto os tratamentos invasivos podem ter como consequência lesões dermatológicas com
cicatrizes permanentes. O uso de curativos adesivos, por exemplo, é necessário em muitas
ocasiões, no entanto a sua simples colocação remove 90% do estrato córneo, promovendo
ruptura da barreira cutânea normal. Os curativos baseados em hidrogel minimizam as lesões
cutâneas
(5)
. Uma avaliação realizada na Itália encontrou lesões cutâneas traumáticas em 8%
dos RN, a maioria com nascimento por parto a fórceps
(6)
. O
Cefalohematoma
ocorreu em
1,8% dos recém-nascidos, e em 86% deles os partos foram vaginais
(2)
.
Alterações vasculares
A
mancha salmão
ocorre em 50 a 70%
dos RN brancos e é caracterizada por man-
cha de coloração rósea clara com limites in-
definidos e que desaparece a vitropressão.
É mais frequente na região occipital (fig.1),
dita “bicada da cegonha”, também pode
se localizar na região frontal, na glabela
(dita “beijo dos anjos”) ou nas pálpebras
superiores. Sua intensidade de colora-
ção aumenta ao esforço e choro, pois é
causada por imaturidade vascular. Evo-
lui com melhora gradativa até despare-
cer entre o primeiro e o terceiro ano de
vida quando ocorre maturação do siste-
ma autonômico que inerva estes vasos
sanguíneos
(1)
.
Figuras1b - Mancha salmão
Figuras1a - Mancha salmão