SBP EM AÇÃO / INTERNACIONAL
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Entidades elaboram
currículo básico
internacional
A residência em pediatra varia de três a quatro anos nos demais países.
O Brasil é o único que ainda pratica apenas dois.
U
m currículo básico unificado para
a pediatria em todo o mundo está
sendo elaborado. A proposta – fru-
to da reunião do Consórcio Global de
Educação Pediátrica (GPEC, sigla em
inglês), em Londres, em abril, foi bem
recebida pelas Sociedades do Cone Sul
em maio, no Rio de Janeiro – e aprova-
da, por unanimidade, em novo encontro
realizado em novembro de 2012, em
Cartagena, na Colômbia. “Queremos já
começar a introduzi-lo no Cone Sul”,
adianta o dr. Eduardo Vaz. “A ideia é
que seja adotado como referência para
mudanças progressivas na formação do
pediatra em nossos países”, salienta
o dr. Dioclécio Campos Jr., represen-
tante da SBP no GPEC e que em maio
de 2013 participará de nova reunião,
na Carolina do Norte (EUA). “Vamos
discutir as estratégias de implantação e
avaliação do currículo”, informa.
O Consórcio é uma aliança que reú-
ne cerca de 30 instituições, como as so-
ciedades de países como China, Japão,
Alemanha, as Academias Europeia e
Americana, a Associação Internacional
de Pediatria e a SBP.
Unificação da Pediatria
do Cone Sul
Na reunião realizada no Rio de Ja-
neiro, em maio, lideranças das entida-
des nacionais de pediatra da Argentina,
Bolívia, Chile, Paraguai,
Uruguai e Brasil (
foto
) discu-
tiram a situação profissional
na região. Identificadas as
dificuldades comuns, de-
cidiram criar um Grupo de
Trabalho encarregado de ela-
borar um currículo básico. O
objetivo é que seja um norte
para a formação em seus
países e, respeitadas as par-
ticularidades locais, possa
garantir o direito da criança
e do adolescente a cuidados
qualificados. A estratégia
toma como base a iniciati-
va liderada pelo GPEC. O
Consórcio está trabalhando
em protocolo de investigação
sobre a capacitação pediátrica.
Entre os objetivos definidos está a
uniformização da duração dos progra-
mas de residência médica em pediatria,
que hoje varia de três a quatro anos na
maioria dos países, “mantendo-se,
no entanto, a precária e inaceitável
situação do Brasil, que ainda forma
um pediatra com apenas dois anos de
treinamento”, diz o documento final.
Participaram os seguintes represen-
tantes das Sociedades de Pediatria: os
drs. Gustavo Cardigni (presidente) e
Margarita Ramonet (ex-presidente e
coordenadora do Grupo Cone Sul), da
Argentina; Luis Zabaleta, da Bolívia
(presidente); Francisco Moraga Mardo-
Alexandre Durão